Normas de Publicidade para Dentistas: Oportunidades Pós-Decisão do CADE

A publicidade para dentistas entrou em uma nova era com a recente decisão do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em março de 2025. A mudança rompe com décadas de restrições rígidas impostas por conselhos profissionais, especialmente no que diz respeito à veiculação de promoções. Dentistas agora se veem diante de um cenário com mais liberdade, mas também com mais responsabilidade estratégica.

Afinal, o que mudou exatamente? Quais os limites ainda válidos? Como um consultório pode se destacar com ética e eficácia? É sobre isso que este conteúdo vai tratar — com clareza, atualização e foco prático.

Apesar do avanço, o marketing para dentistas ainda exige atenção ao Código de Ética Odontológica (CEO). A decisão do CADE não anula completamente as normas éticas, mas exige que elas sejam equilibradas com os direitos à livre iniciativa e concorrência.

Ainda é vedado:

• Publicar imagens de "antes e depois" com promessa de resultado;

• Divulgar valores enganosos ou que não reflitam a realidade do atendimento;

• Utilizar termos sensacionalistas como “imperdível”, “garantia de resultado” ou “milagre odontológico”;

• Criar ofertas que possam ser interpretadas como mercantilização da saúde.

Ou seja, a publicidade para dentistas está mais flexível, mas não é uma terra sem lei. A linha entre o marketing ético e a infração continua existindo — e precisa ser respeitada.

A odontologia brasileira é uma das mais avançadas do mundo, com alta competitividade e um mercado cada vez mais digitalizado. A restrição à publicidade sempre foi um entrave para consultórios menores ou novos profissionais.

Com a nova possibilidade de anunciar promoções em odontologia, clínicas e dentistas individuais ganharam uma vantagem para se posicionar de forma mais estratégica — e o interesse por orientação especializada em marketing odontológico disparou desde março de 2025.

Imagine uma clínica em Belo Horizonte que oferece avaliação ortodôntica gratuita em julho. Ela pode anunciar essa condição em redes sociais, criar uma campanha local com geolocalização e usar vídeos com perguntas frequentes respondidas por especialistas.

Outro exemplo: um consultório em Contagem que promove um pacote de clareamento dental com parcelamento facilitado. Com a nova decisão, pode-se usar chamadas como:

"Clareamento com valor especial neste mês — sem letras miúdas, sem surpresas", desde que os detalhes estejam claros e respeitem a ética.

A chave está em comunicar o benefício sem exagero ou falsas promessas.

Com o aumento da liberdade, aumentam também as dúvidas e os riscos. Muitas clínicas têm recorrido a consultorias de marketing especializadas em saúde, como forma de profissionalizar sua comunicação e evitar erros que possam levar a sanções éticas.

A Tornera, por exemplo, atua com estratégias personalizadas para profissionais da área da saúde, ajudando desde a criação de campanhas até o acompanhamento de resultados — sempre com foco em conformidade e performance.

A tendência para os próximos meses é a profissionalização da comunicação odontológica. Dentistas que entenderem isso sairão na frente.

Para se destacar:

• Trabalhe com conteúdo de valor: vídeos explicativos, artigos sobre mitos e verdades, dicas de cuidado dental;

• Invista em autoridade digital: depoimentos, certificações, diferenciais do consultório;

• Use o gatilho da escassez e da urgência, desde que de forma transparente: “Vagas limitadas para avaliação gratuita em julho”;

• Mostre os bastidores da clínica e o atendimento humanizado como prova social real.

A publicidade para dentistas, quando bem feita, não é sobre vender procedimentos, mas sobre vender confiança.

O Brasil caminha para um novo modelo de regulação mais próximo do que já acontece em países como Estados Unidos e Reino Unido. Lá, profissionais da saúde podem divulgar seus serviços, desde que informem corretamente e não ludibriem o público.

A decisão do CADE é uma chance para o setor odontológico amadurecer sua forma de se comunicar — saindo do medo de ser punido e entrando no território da estratégia, da clareza e da conexão real com os pacientes.

Com mais liberdade, surgem também os riscos de exagero. Por isso, evite:

• Comprar pacotes genéricos de publicidade sem personalização;

• Utilizar “templates prontos” que não respeitam a ética odontológica;

• Anunciar tratamentos como se fossem produtos de prateleira.

Profissionalismo, estratégia e responsabilidade são os pilares para aproveitar esse novo momento com segurança e resultado.